Um sismo é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície daTerra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, deatividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas.
Basicamente, sismo é a ocorrência de uma fratura subterrânea. As ondas elásticas geradas propagam-se por toda a Terra
Os grandes sismos são popularmente designados também pelo termo terremoto ou terremoto . No entanto, este último termo aplica-se apenas a esses grandes sismos, sendo que para os pequenos se costuma usar abalo sísmico ou tremor de terra[1]. Se um sismo abala zonas não habitadas não é nunca usado o termo "terremoto" ou "terramoto", mesmo que seja de grande intensidade, enquanto que se abalar zonas habitadas, for sentido e tiver efeitos catastróficos é costume usar também o outro termo, fora de contextos
A maior parte dos sismos ocorrem nas fronteiras entre placas tectônicas, ou em falhas entre dois blocos rochosos. O comprimento de umafalha pode variar de alguns centímetros até milhares de quilômetros, como é o caso da falha de Santo André na Califórnia, Estados Unidos.
Só nos Estados Unidos ocorrem de 12 000 a 14 000 sismos anualmente (ou seja, aproximadamente 35 por dia). Baseado em registroshistóricos de longo prazo, aproximadamente 18 grandes sismos (terremotos ou terramotos, de 7,0 a 7,9 na escala de magnitude de momento) e um terremoto gigante (8 ou superior) podem ser esperados no período de um ano.
Entre os efeitos dos sismos estão a vibração do solo, abertura de falhas, deslizamentos de terra, tsunamis, mudanças na rotação da Terra,mudanças no eixo terrestre, além de efeitos deletérios em construções feitas pelo homem, resultando em perda de vidas, ferimentos e altos prejuízos financeiros e sociais (como o desabrigo de populações inteiras, facilitando a proliferação de doenças, fome, etc).
O sismo registado de mais alta magnitude de momento foi o Sismo de Valdivia ou "Grande Sismo do Chile" em 1960 que atingiu 9,5 naescala de magnitude de momento, seguido pelo sismo do Alasca de 1964 que atingiu 9,2 na mesma escala.
Tipos de sismos

As placas podem afastar-se (tensão), colidir (compressão) ou simplesmente deslizar uma pela outra (torsão). Com a aplicação destas forças, a rocha vai-se alterando até atingir o seu ponto de elasticidade, após o qual a matéria entra em ruptura e sofre uma libertação brusca de toda a energia acumulada durante a deformação elástica. A energia é libertada através de ondas sísmicas que se propagam pela superfície e interior da Terra. As rochas profundas fluem plasticamente (têm um comportamento dúctil – astenosfera) em vez de entrar em ruptura (que seria um comportamento sólido – litosfera).
Estima-se que apenas 10% ou menos da energia total de um sismo se propague através das ondas sísmicas. Aos sismos que ocorrem na fronteira de placas tectónicas dá-se o nome de sismos interplacas, sendo os mais frequentes, enquanto que àqueles que ocorrem dentro da mesma placa litosférica dá-se o nome de sismos intraplacas e são menos frequentes.
Os sismos intraplacas também podem dar origem a sismos profundos, segundo as zonas de subducção(zonas de Benioff), ocorrendo entre os 100 e os 670 km. Devem-se à transformação de minerais - devido aosminerais transformarem-se noutros com forma mais densa - e este processo é repentino. Pode ocorrer no caso da desidratação da olivina, em que esta se transforma em vidro.
Também podem ser sismos de origem vulcânica, devendo-se às movimentações de magma dentro da câmara magmática ou devido à pressão causada por esse quando ascende à superfície, servindo assim para prever erupções vulcânicas. Está mais associado ao vulcanismo do tipo explosivo que às do tipo efusivo.
Existem ainda os sismos de afundamento, que ocorrem na sequência de deslizamentos de correntes turbídicas (grandes fragmentos de rocha que deslizam no talude continental) ou devido ao abatimento de cavidades ou do tecto de grutas.
No entanto cientistas como Thomas Gold advogam que os sismos têm origem partir de migração de gases primordiais como hélio, metano, nitrogênio e hidrocarbonetos, em grandes profundidades no interior da terra. Nos limites de placas litosféricas a intensidade e ocorrência dos sismos são maiores, provavelmente pela comunicação mais próxima entre o manto e crosta. A migração dos gases sob alta pressão dissipam energia sísmica através de falhas geológicas que podem atingir a superfície e causar sérios danos.
Brasil
No Brasil registram-se poucos abalos sísmicos. Em média ocorrem a cada ano um sismo de magnitude 1 a 3 na escala de magnitude de momento e a cada cinco anos podem ocorrer abalos de magnitude 4 ou mais. Os locais onde mais acontecem tremores são a Região Nordeste, seguido do estado do Acre. No entanto, outras regiões do Brasil também são suscetíveis aos tremores de terra.[3] O local onde frequentemente são registrados tremores é na cidade de Bebedouro em São Paulo, ocorrendo tremores de magnitude 2 a 3 quase todos os anos[carece de fontes]. Esses tremores, segundo o grupo de sismologia do IAG/USP, tem suas origens nas fracturas do basalto da Formação Serra Geral e provavelmente são induzidos por poços de extração de água subterrânea na região[carece de fontes].
A sequência de tremores de terra que atingiu João Câmara no Rio Grande do Norte, em 1986, foi a mais espetacular, a melhor documentada e estudada atividade sísmica já observada no Brasil. O primeiro evento, sentido pelos moradores e por parte da população de Natal, foi registrado em Brasília, em 21/08/86 e alcançou magnitude 4.3. No mês seguinte (3 e 5/09/86), dois eventos com magnitudes 4.3 e 4.4, também sentidos, provocaram pequenos danos e foram acompanhados por várias outras réplicas. Nas semanas posteriores a sismicidade decresceu, mas, no dia 30/11/86, as 05h 19min 48 s (H.Local), aconteceu o principal tremor de toda a série, com magnitude 5.1. Ele foi seguido por centenas de réplicas, quatro delas com magnitude maior ou igual a 4.0 . Danos significativos ocorreram tanto na área urbana como na rural fazendo com que grande parte da população abandonasse a cidade. http://vsites.unb.br/ig/sis/jc.htm
O maior tremor registrado no Brasil atingindo magnitude 6,6 na escala de magnitude de momento foi na Serra do Tombador no Mato Grossoem 31 de Janeiro de 1955.[carece de fontes]
Em 9 de dezembro de 2007 um terremoto de magnitude 4,9 (na escala de magnitude de momento) causou uma morte no município deItacarambi em Minas Gerais. Foi o primeiro tremor da história do Brasil resultando em uma morte, cinco feridos e várias casas destruídas pelo sismo.[4]
O tremor de terra ocorrido em 4 de abril de 2008 na região da cidade de Sobral, interior do Ceará, e na cidade de Fortaleza, foi o maior já registrado na região, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). Os abalos também foram registrados pelo laboratório de sismologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).[5][6] O primeiro atingiu 4,3 graus na escala de magnitude de momento. O segundo, 3,9. Outros pequenos abalos foram sentidos durante a noite nas cidades de Sobral, Alcântaras e Meruoca, epicentro do abalo. Não houve registros de feridos.
No dia 22 de Abril de 2008 um tremor de terra atingiu os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro com magnitude 5,2Mw. Esse sismo ocorreu no Oceano Atlântico, na área paulista da Bacia de Santos. Ficou conhecido como Sismo de São Vicente. Também no dia 29 de setembro de 2008 um tremor de terra atingiu o Triângulo Mineiro com o epicentro na cidade de Uberaba, a magnitude 3,1 Mw, que apesar de pequena chegou a assustar a população do local.[7]
Outros abalos sísmicos assustaram a região de Caxias do Sul-RS, sem deixar feridos ou mortos, mas ocorreram rachaduras em casas no bairro Centro e Fátima. Aparelhos sismógrafos foram instalados para identificação de novos tremores, mas nenhum foi registrado.
Após o sismo

- Ruídos sísmicos
- Alteração do caudal ou nível das fontes, poços e águas subterrâneas
- Aparecimento de fumarolas vulcânicas
- Formação de tsunamis( como o ocorrido no Japão)
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